Expoente da mesma corrente celebrizada por Andy Warhol nos anos 1960, ele ficou conhecido por produzir monumentos enormes a partir de objetos comuns.
Claes Oldenburg, artista americano famoso por produzir esculturas gigantescas, morreu aos 93 anos nesta segunda-feira, 18. De acordo com o The New York Times, ele estava em sua casa em Manhattan e sua morte foi confirmada por representantes do artista. Ele ficou famoso por obras como Spoonbridge and Cherry, uma escutura de uma colher gigante com uma cereja na ponta, feita de alumínio e tinta, sobre um lago do Walker Art Center em Minneapolis.
Oldenburg iniciou sua carreira em 1950 com shows que incorporavam objetos como placas de rua, roupas de arame e gesso e até pedaços de torta. Em 1961, abriu uma loja no East Village para vender absurdas cópias de gesso de objetos do cotidiano, como sapato ou cheeseburguer cobertos de tinta com traços improvisados do expressionismo abstrato. Seu primeiro monumento colossal foi Batom (Ascendente) em Trilhos de Caterpillar, um tubo gigante de batom fabricado em vinil e montado em rodas de trator, com óbvias conotações fálicas e militares, foi colocado no campus de Yale em 1969, no momento em que os protestos da Guerra do Vietnã e o movimento estudantil agitavam faculdades e universidades em todo o país.
Uma das instalações mais famosas de Oldenberg foi erguida em 1976, durante o bicentenário da Declaração da Independência, o Clothespin, uma escultura de aço preto de 45 pés de altura e 10 toneladas, exatamente o que o título indica, completa com uma mola de metal que evoca apropriadamente o número 76. O artista plástico foi fortemente influenciado pelo francês Jean Dubuffet, que trouxe a chamada arte outsider para galerias e museus, perturbando o status quo da arte institucional. Ele também se inspirou em Marcel Duchamp, e em seus famosos readymade, esculturas feitas de objetos frugais como uma roda de bicicleta e um mictório. Oldenburg considerava suas obras “tão misteriosas quanto a natureza”.
Claes Thure Oldenburg nasceu em Estocolmo em 28 de janeiro de 1929, filho de Gosta e Sigrid Elisabeth Oldenburg. Filho de um diplomata que teve cargos em Londres, Berlim, Oslo e Nova York antes de ser nomeado em 1936 como cônsul geral sueco em Chicago, Claes cresceu na “cidade dos ventos” e frequentou a Escola Latina de Chicago. Estudou Literatura e História da Arte na Universidade de Yale entre 1946 e 1950, frequentou o Art Institute of Chicago e desenhou histórias em quadrinhos para o City News Bureau de Chicago.
Oldenberg foi casado com Patty Mucha, de quem se divorciou, e se casou novamente, com Coosje van Bruggen, morta em 2009. Ele deixa dois enteados e três netos.
Fonte: veja.abril