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Crise climática e mudanças no uso da terra serão principais ativadores do fogo; autores do relatório do Pnuma defendem mudança radical na maneira como os governos estão lidando com a prevenção do desastre natural.  

Os incêndios florestais deverão aumentar em 50% até 2100, de acordo com um novo relatório do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, lançado nesta quarta-feira. Os autores do estudo alertam: os governos não estão preparados e precisam mudar radicalmente a maneira como tentam prevenir este tipo de desastre natural.  

O estudo revela ainda que o Ártico e outras regiões que antes não eram afetadas estão agora com um alto risco de enfrentarem incêndios. Segundo os especialistas, o financiamento para prevenção do problema não está sendo aplicado onde deveria. 

A diretora-executiva do Pnuma, Inger Andersen, declarou que “bombeiros e outros trabalhadores da linha de frente estão arriscando suas vidas para combater incêndios florestais e precisam de apoio”. 

A chefe do Pnuma destaca também a importância de “minimizar os riscos de fogos florestais extremos” e para isso, preparação é essencial. Andersen pede mais investimentos na redução de riscos de incêndios, trabalho com comunidades locais e reforço do compromisso global de luta contra a mudança climática.  

O relatório “Se espalhando como fogo: a crescente ameaça dos extraordinários incêndios florestais” está sendo lançando antes da Assembleia do Meio Ambiente da ONU, que acontecerá em Nairobi, no Quênia, entre 28 de fevereiro e 2 de março. Representantes de 193 países estarão no evento.  

Segundo o Pnuma, os incêndios florestais afetam as nações mais pobres do mundo de forma desproporcional, com impactos que persistem mesmo após o fogo ter sido controlado. Com isso, os progressos para o desenvolvimento sustentável são prejudicados e as desigualdades sociais aumentam.  

O relatório da agência da ONU lembra ainda que a saúde das pessoas é afetada diretamente, uma vez que os incêndios podem causar problemas respiratórios e cardiovasculares. Outro problema é o custo para reconstruir o que foi destruído pelo fogo, principalmente nos países de renda baixa.  

Os incêndios florestais também têm causado enormes danos ao ecossistema, colocando diversas espécies de plantas ou de animais em risco de extinção. O estudo do Pnuma menciona os incêndios ocorridos na Austrália em 2020, que acabaram com bilhões de animais domésticos e selvagens.  

O documento faz uma ligação direta entre mudança climática e maior risco de incêndios, devido ao aumento das secas, da alta temperatura do ar, da baixa umidade relativa, raios e fortes ventos, que resultam em temporadas de fogo mais quentes, mais secas e mais longas. 

O Pnuma sugere uma combinação de dados e de monitoramento científico juntamente com conhecimentos dos povos indígenas, para uma cooperação regional e internacional mais forte.  

Aos governos, é feito um apelo para que adotem a chamada “Fórmula Pronta para o Fogo”, com dois terços do investimento direcionado para planejamento, prevenção, preparo e recuperação, e um terço do dinheiro sendo usado para trabalhos de resposta.  

Atualmente, metade das despesas relacionadas ao problema é gasta em trabalhos de resposta, sendo que menos de 1% é utilizado para prevenir incêndios. Os autores do relatório querem que seja também melhorado o padrão global para segurança e saúde de bombeiros, reduzindo as ameçadas enfrentadas durante o combate ao fogo.  

O estudo do Pnuma sugere maior conscientização sobre os riscos de inalar fumaça e garantias de que esses profissionais recebam hidratação e nutrição adequadas, além de descanso e tempo de recuperação entre as jornadas de trabalho.  

  

Fonte: News.un.org

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Material causa sérios riscos para o meio ambiente e para a saúde humana, afetando direitos à um padrão adequado de vida; ideia é que Assembleia do Meio Ambiente da ONU, Unea, inicie negociações para um acordo juridicamente vinculativo sobre uso de plásticos.  

Especialistas da ONU em direitos humanos estão fazendo um apelo à Assembleia do Meio Ambiente das Nações Unidas, Unea, para que trate da “onda cada vez maior de plásticos”, iniciando negociações internacionais para um novo acordo juridicamente vinculativo.  

A Unea é o maior órgão mundial de tomada de decisões sobre o meio ambiente. O relator especial* sobre tóxicos e direitos humanos, Marcos Orellana, declarou que “os plásticos são uma ameaça global aos direitos, não somente ao direito a um ambiente saudável, mas também aos direitos à vida, à saúde, à água e a um padrão de vida adequado.

Para que o planeta permança habitável, o relator sobre direitos humanos e meio amiente, David Boyd, sugere à Unea que comece as negociações para um acordo internacional. O pedido acontece antes do encontro bianual dos 193 países-membros da Unea, marcado para os dias 28 de fevereiro a 2 de março.  

Os especialistas independentes, nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos, estão alarmados com a “intoxicação severa do planeta”. Eles declararam que as evidências científicas mostram que a humanidade já ultrapassou os limites planetários, incluindo o limite de uso para químicos e dejetos e por isso, a Unea têm “a oportunidade e a responsabilidade de tomar uma medida ousada para reverter esse curso de autodestruição.” 

Os relatores explicam que todo o ciclo de vida do plástico impacta de forma negativa os direitos humanos e por isso, o novo tratado precisa englobar todos os estágios, desde a extração de combustíveis fósseis para a fabricação do plástico até o descarte do material.  

Este acordo deve ainda incorporar padrões de direitos humanos e garantias de acesso à informação, especialmente sobre químicos adicionados ao plástico e sobre produtores de plástico.  

 

Fonte: News.un.org

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Cientistas do Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática afirmam que aquecimento global está causando danos irreversíveis à natureza; secretário-geral António Guterres declara que estudo é um “atlas do sofrimento humano” e prevê catástrofe com aumento das emissões de poluentes.  

Um relatório lançado, esta segunda-feira, pelo Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática, Ipcc, mostra que “o colapso do ecossistema, a extinção de espécies, ondas de calor fatais e enchentes estão entre os perigos inevitáveis” que o mundo enfrentará nos próximos 20 anos devido ao aquecimento global.  

O presidente do Ipcc, Hoesung Lee, declarou que o relatório faz um alerta sobre “as consequências da falta de ação”, mostrando como a mudança climática já está afetando bilhões de vidas pelo mundo. Este é o segundo de uma série de três documentos do tipo produzidos pelos cientistas da ONU especializados em clima. 

O relatório é lançado cerca de 100 dias depois da COP26, quando os líderes mundiais reuniram-se em Glasgow, na Escócia, e concordaram em aumentar as ações para limitar o aquecimento global a 1.5° Celsius e assim, evitar os piores impactos da mudança climática.  

O secretário-geral da ONU declarou que o novo relatório do Ipcc traz evidências “nunca vistas”, revelando como as pessoas e o planeta estão sendo derrotados pela mudança climática”. 

António Guterres afirmou que o “relatório do Ipcc é um atlas do sofrimento humano e uma prova do fracasso da liderança sobre o clima”. Segundo ele, quase metade da humanidade está vivendo na zona de perigo e “muitos ecossistemas já estão agora num ponto sem retorno”.  

O chefe da ONU explicou que a poluição por dióxido de carbono está lançando as pessoas mais vulneráveis do mundo para a destruição. Ele lembrou que é essencial limitar as emissões de gases em 45% até 2030 e atingir emissões zero até 2050.  

António Guterres explicou que com os acordos atuais, as emissões globais poderão subir quase 14% na próxima década, o que será uma “catástrofe, destruindo qualquer chance de manter viva a meta de 1.5° C”.  

O secretário-geral destacou ainda que o relatório do Ipcc mostra como “carvão e outros combustíveis fósseis estão engolindo a humanidade”. Ele pediu aos países do G-20, que inclui o Brasil, para deixarem de financiar o carvão e dirigiu um apelo direto às empresas gigantes de gás e de petróleo: “Vocês não podem afirmar serem ‘verdes’ quando seus planos e projetos minam o acordo para emissões net zero até 2050 e enquanto ignoram que grandes cortes de emissões precisam ocorrer nesta década”.  

António Guterres lembrou que este é o momento de acelerar a “transição para energias renováveis”, afirmando que os combustíveis fósseis “são o fim da linha para o planeta, a humanidade e para as economias”.  

O relatório do Ipcc traz ainda novidades sobre investimentos no setor da adaptação climática. Guterres quer que 50% de todo o financiamento para o clima seja usado na adaptação, mencionando obstáculos para que países insulares e nações menos desenvolvidas consigam o dinheiro necessário para salvar vidas e meios de subsistência.  

O chefe da ONU acredita que atrasos “significam mortes” e mencionou que as pessoas em todo o mundo, incluindo ele próprio, estão “ansiosas e irritadas” e por isso o momento é de ação.  

O estudo do Ipcc mostra que o aumento das ondas de calor, das secas e das enchentes “já está ultrapassando a capacidade de tolerância das plantas e dos animais”, causando mortalidade em massa em várias espécies de árvores e de corais.  

Pessoas na África, na Ásia e na América do Sul já foram expostas à falta d’água e à insegurança alimentar. Para evitar mais perdas de vida e de biodiversidade, é essencial acelerar ações de adaptação à mudança climática e cortar, rapidamente, as emissões de gases de efeito estufa. 

Segundo os cientistas do Ipcc, ecossistemas saudáveis são mais resilientes à mudança climática e conseguem fornecer água potável e alimentos. Por isso, restaurar a degradação e conservar de 30% a 50% das terras do planeta, habitats oceânicos e água doce ajudam a capacidade da natureza em absorver e armazenar carbono. 

O relatório mostra que governos, setor privado e sociedade civil precisam cooperar para combater todos esses desafios, incluindo uso insustentável de recursos naturais, desigualdades sociais e aumento da urbanização, já que a mudança climática interage com essas tendências globais.  

Ao mesmo tempo, o Ipcc nota que as cidades fornecem oportunidades para ação climática, com “edifícios verdes, fontes seguras de água potável, energias renováveis e transportes sustentáveis”, o que poderá criar sociedades mais justas e inclusivas.  

O vice-presidente do Grupo de Trabalho II do Ipcc, que produziu o relatório, Hans-Otto Portner, afirmou que “a evidência científica é inequívoca: a mudança climática ameaça o bem-estar humano e a saúde do planeta”. Segundo ele, “qualquer atraso para garantir ação global resultará na perda de uma janela que já está se fechando rapidamente para garantir um futuro habitável”.  

 

Fonte: News.un.org

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A erupção de janeiro deste ano foi muito maior do que qualquer evento vulcânico do século 20, ou até mesmo qualquer teste de bomba atômica.

A erupção de um vulcão em Tonga em janeiro de 2022 foi confirmada como a maior explosão já registrada na atmosfera por equipamentos modernos.

Foi muito maior do que qualquer evento vulcânico do século 20, ou até mesmo do que qualquer teste de bomba atômica realizado após a Segunda Guerra Mundial.

A avaliação foi apresentada em dois artigos acadêmicos, publicados na revista Science, que revisaram todos os dados.

Na história recente, é provável que apenas a erupção do vulcão Krakatoa, em 1883, possa rivalizar com a perturbação atmosférica produzida. Acredita-se que este evento catastrófico na Indonésia tenha provocado a morte de mais de 30 mil pessoas.

Felizmente, a erupção de 15 de janeiro deste ano do vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha'apai (HTHH), localizado no Pacífico Sul, resultou em pouquíssimas mortes, embora também tenha produzido grandes tsunamis.

"Tonga foi um evento verdadeiramente global, assim como o Krakatoa, mas agora temos todos esses sistemas de observação geofísica, e eles registraram algo realmente sem precedentes nos dados modernos", explica à BBC News Robin Matoza, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, nos EUA, que é o autor principal de um dos artigos.

Os cientistas agora têm acesso a uma extraordinária variedade de instrumentos terrestres e espaciais, incluindo sensores de pressão atmosférica, sismógrafos, hidrofones e uma frota de satélites que monitoram a Terra em todo o espectro de luz.

 

A explosão colossal em Tonga, que aconteceu ao final de várias semanas de atividade no monte submarino, produziu vários tipos de ondas de pressão atmosférica que se propagaram por vastas distâncias.

Na faixa de frequência audível, pessoas a 10.000 km de distância, no Alasca, relataram ouvir estrondos repetidos.

A rede global de detectores criada para monitorar o cumprimento do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares captou o sinal de infrassom.

O infrassom tem frequências que estão logo abaixo do que os seres humanos são capazes de ouvir.

Os dados da rede indicaram que a explosão do vulcão de Tonga produziu uma onda de pressão atmosférica comparável à da maior explosão nuclear de todos os tempos — a Czar Bomba, detonada pelos soviéticos em 1961 —, mas durou quatro vezes mais.

Os artigos discutem em profundidade as perturbações causadas pelas chamadas ondas de Lamb, que receberam este nome em homenagem ao matemático do início do século 20 Horace Lamb.

São ondas energéticas no ar que se propagam na velocidade do som, ao longo de um percurso guiado pela superfície do planeta. Também são não dispersivas, ou seja, mantêm sua forma à medida que se movem e, portanto, são visíveis por um longo tempo.

 

Os pulsos de onda Lamb produzidos pela erupção de Tonga foram vistos circulando a Terra pelo menos quatro vezes.

No Reino Unido, que fica a cerca de 16.500 km de Tonga, estes pulsos começaram a chegar na noite do dia 15, cerca de 14 horas após a erupção do outro lado do planeta.

Eles levantaram as nuvens sobre o Reino Unido.

"Na hora, tínhamos um ceilômetro a laser (dispositivo usado para determinar a altura das nuvens) olhando para a base da nuvem e, à medida que a onda passava pela nuvem, era perturbada", lembra Giles Harrison, físico atmosférico da Universidade de Reading, no Reino Unido, e coautor de um dos artigos.

"Se alguma vez você quis uma prova de que a atmosfera é algo notavelmente interconectado, está aqui. E o que acontece em um lado do planeta pode se propagar para o outro lado na velocidade do som."

Onde as ondas de Lamb se juntaram às ondas do oceano, elas foram capazes de gerar tsunamis — não apenas no Oceano Pacífico, mas também no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo.

Os cientistas ainda estão investigando a geração de tsunamis próximos que atingiram as costas do arquipélago de Tonga.

Alguns foram, sem dúvida, criados por ondas de pressão do vulcão empurrando a superfície da água, mas as investigações estão em andamento para determinar se o colapso de parte do vulcão também contribuiu de maneira significativa.

 

Fonte: G1.globo

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Uma missão científica apoiada pela Unesco, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, acaba de descobrir um dos maiores recifes de corais do mundo, localizado na costa do Taiti. A agência destaca que “as condições imaculadas do recife e a área extensa coberta pelos corais em formato de rosas fazem com que esta seja uma descoberta muito valiosa”.

Segundo a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, atualmente, apenas “20% de todo o relevo oceânico é mapeado” e, por isso, “a descoberta notável no Taiti demonstra o trabalho incrível de cientistas que estão ampliando os conhecimentos sobre tudo o que se encontra nas profundezas dos oceanos”.

O recife está localizado a até 65 metros abaixo do nível do mar, numa área pouco explorada, conhecida como “a zona do crepúsculo do oceano”. Segundo os cientistas que o descobriram, ele tem aproximadamente 3 km de extensão e até 65 metros de largura. A Unesco explica que este é um dos arrecifes mais extensos e saudáveis do mundo. Os corais gigantes em formato de rosas tem até 2 metros de diâmetro.

O fotógrafo francês Alexis Rosenfeld, que liderou a missão de mergulho, declarou ter sido “mágico observar de perto lindos e gigantes rosas de corais, que esticam até onde a vista alcança”, tendo notado ainda que os arrecifes parecem até obras de arte.

A expedição faz parte de um projeto global da Unesco para mapear os oceanos. Os recifes de corais são fonte importante de alimentos para outros organismos marinhos e encontrá-los pode ajudar nas pesquisas sobre biodiversidade. Segundo a agência, os organismos que vivem nos corais são importantes para pesquisas na área da medicina e os corais em si ajudam na proteção da erosão costeira e até de tsunamis.

Até o momento, foram poucos os cientistas que conseguiram localizar, investigar e estudar arrecifes de coral abaixo de 30 metros de profundidade, mas as tecnologias atuais permitem mergulhos cada vez mais profundos. No total, a equipe que foi ao Taiti mergulhou cerca de 200 horas para estudar os corais descobertos. Mais mergulhos e investigações estão planejados para os próximos meses.

 

Fonte: Thegreenestpost

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