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Cientistas do Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática afirmam que aquecimento global está causando danos irreversíveis à natureza; secretário-geral António Guterres declara que estudo é um “atlas do sofrimento humano” e prevê catástrofe com aumento das emissões de poluentes.  

Um relatório lançado, esta segunda-feira, pelo Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática, Ipcc, mostra que “o colapso do ecossistema, a extinção de espécies, ondas de calor fatais e enchentes estão entre os perigos inevitáveis” que o mundo enfrentará nos próximos 20 anos devido ao aquecimento global.  

O presidente do Ipcc, Hoesung Lee, declarou que o relatório faz um alerta sobre “as consequências da falta de ação”, mostrando como a mudança climática já está afetando bilhões de vidas pelo mundo. Este é o segundo de uma série de três documentos do tipo produzidos pelos cientistas da ONU especializados em clima. 

O relatório é lançado cerca de 100 dias depois da COP26, quando os líderes mundiais reuniram-se em Glasgow, na Escócia, e concordaram em aumentar as ações para limitar o aquecimento global a 1.5° Celsius e assim, evitar os piores impactos da mudança climática.  

O secretário-geral da ONU declarou que o novo relatório do Ipcc traz evidências “nunca vistas”, revelando como as pessoas e o planeta estão sendo derrotados pela mudança climática”. 

António Guterres afirmou que o “relatório do Ipcc é um atlas do sofrimento humano e uma prova do fracasso da liderança sobre o clima”. Segundo ele, quase metade da humanidade está vivendo na zona de perigo e “muitos ecossistemas já estão agora num ponto sem retorno”.  

O chefe da ONU explicou que a poluição por dióxido de carbono está lançando as pessoas mais vulneráveis do mundo para a destruição. Ele lembrou que é essencial limitar as emissões de gases em 45% até 2030 e atingir emissões zero até 2050.  

António Guterres explicou que com os acordos atuais, as emissões globais poderão subir quase 14% na próxima década, o que será uma “catástrofe, destruindo qualquer chance de manter viva a meta de 1.5° C”.  

O secretário-geral destacou ainda que o relatório do Ipcc mostra como “carvão e outros combustíveis fósseis estão engolindo a humanidade”. Ele pediu aos países do G-20, que inclui o Brasil, para deixarem de financiar o carvão e dirigiu um apelo direto às empresas gigantes de gás e de petróleo: “Vocês não podem afirmar serem ‘verdes’ quando seus planos e projetos minam o acordo para emissões net zero até 2050 e enquanto ignoram que grandes cortes de emissões precisam ocorrer nesta década”.  

António Guterres lembrou que este é o momento de acelerar a “transição para energias renováveis”, afirmando que os combustíveis fósseis “são o fim da linha para o planeta, a humanidade e para as economias”.  

O relatório do Ipcc traz ainda novidades sobre investimentos no setor da adaptação climática. Guterres quer que 50% de todo o financiamento para o clima seja usado na adaptação, mencionando obstáculos para que países insulares e nações menos desenvolvidas consigam o dinheiro necessário para salvar vidas e meios de subsistência.  

O chefe da ONU acredita que atrasos “significam mortes” e mencionou que as pessoas em todo o mundo, incluindo ele próprio, estão “ansiosas e irritadas” e por isso o momento é de ação.  

O estudo do Ipcc mostra que o aumento das ondas de calor, das secas e das enchentes “já está ultrapassando a capacidade de tolerância das plantas e dos animais”, causando mortalidade em massa em várias espécies de árvores e de corais.  

Pessoas na África, na Ásia e na América do Sul já foram expostas à falta d’água e à insegurança alimentar. Para evitar mais perdas de vida e de biodiversidade, é essencial acelerar ações de adaptação à mudança climática e cortar, rapidamente, as emissões de gases de efeito estufa. 

Segundo os cientistas do Ipcc, ecossistemas saudáveis são mais resilientes à mudança climática e conseguem fornecer água potável e alimentos. Por isso, restaurar a degradação e conservar de 30% a 50% das terras do planeta, habitats oceânicos e água doce ajudam a capacidade da natureza em absorver e armazenar carbono. 

O relatório mostra que governos, setor privado e sociedade civil precisam cooperar para combater todos esses desafios, incluindo uso insustentável de recursos naturais, desigualdades sociais e aumento da urbanização, já que a mudança climática interage com essas tendências globais.  

Ao mesmo tempo, o Ipcc nota que as cidades fornecem oportunidades para ação climática, com “edifícios verdes, fontes seguras de água potável, energias renováveis e transportes sustentáveis”, o que poderá criar sociedades mais justas e inclusivas.  

O vice-presidente do Grupo de Trabalho II do Ipcc, que produziu o relatório, Hans-Otto Portner, afirmou que “a evidência científica é inequívoca: a mudança climática ameaça o bem-estar humano e a saúde do planeta”. Segundo ele, “qualquer atraso para garantir ação global resultará na perda de uma janela que já está se fechando rapidamente para garantir um futuro habitável”.  

 

Fonte: News.un.org

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A Sociedade Xerces, entidade que busca proteger e conservar as espécies de invertebrados, divulgou nesta semana sua contagem anual de borboletas-monarca – e o número não poderia ser mais promissor! A organização sem fins lucrativos anunciou que 247.237 borboletas-monarca foram observadas em locais de hibernação, um aumento de 125% em relação ao ano de 2021.

Voluntários encontraram esses coloridos invertebrados em 283 locais diferentes de hibernação. “O total deste ano nos surpreendeu com a capacidade das monarcas de se recuperar de um recorde de baixa”, disse o grupo em seu site. Em 2021, a Contagem de Ação de Graças atingiu um recorde histórico de número de voluntários desde o início da primeira contagem em 1997.

O total deste ano de quase um quarto de milhão de borboletas-monarca ilustra uma recuperação considerável em relação à baixa histórica de 2020 de menos de 2.000 – e as contagens dos dois anos anteriores de menos de 30.000 indivíduos hibernando. No condado de Monterey, a cidade de Pacific Grove celebrou o retorno de aproximadamente 14.000 monarcas ao seu santuário, e havia milhares em outros locais na região de Big Sur.

Já o condado de San Luis Obispo reportou mais de 90.000 borboletas em seus locais de hibernação, enquanto o de Santa Bárbara contou um recorde de 95.000 – mais de cem vezes o número encontrado no passado. Movendo-se mais para o sul, as borboletas-monarca foram encontradas em números nunca vistos desde o início dos anos 2000.

Depois de pesquisar um local de invernada recém-descoberto perto de uma praia de Los Angeles, o coordenador regional de voluntários expressou sua empolgação. “Fiquei realmente feliz em ver por mim mesmo os aglomerados em Hermosa Beach”, disse Richard Rachman. “Andando, fiquei surpreso com o grande volume delas, isso realmente aponta o caminho que o planejamento urbano sustentável pode fazer para proteger a biodiversidade.”

Há mais perguntas do que respostas sobre como esses pequenos invertebrados se recuperaram tão rápido nesta última temporada. É improvável que haja uma causa única para uma jornada migratória tão complexa. O aumento de 2021 representa um “salto”, e os cientistas de conservação esperam instilar otimismo cauteloso com as notícias da Contagem de Ação de Graças de 2021.

“Agora, mais do que nunca, temos a oportunidade de dobrar nossos esforços de conservação”, disse Isis Howard, Bióloga de Conservação de Espécies Ameaçadas da Xerces Society. “Aproveitar o momento dessa ascensão pode ser nossa melhor chance de ajudar monarcas ocidentais e outras borboletas em risco.” Quarenta anos atrás, a população de borboletas ocidentais era estimada em alguns milhões de espécimes… Logo, os conservacionistas ainda têm muito trabalho a fazer. Com a ajuda de milhares de voluntários engajados, essa tarefa não será tão árdua quanto um dia foi.

 

Fonte: Thegreenestpost

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A erupção de janeiro deste ano foi muito maior do que qualquer evento vulcânico do século 20, ou até mesmo qualquer teste de bomba atômica.

A erupção de um vulcão em Tonga em janeiro de 2022 foi confirmada como a maior explosão já registrada na atmosfera por equipamentos modernos.

Foi muito maior do que qualquer evento vulcânico do século 20, ou até mesmo do que qualquer teste de bomba atômica realizado após a Segunda Guerra Mundial.

A avaliação foi apresentada em dois artigos acadêmicos, publicados na revista Science, que revisaram todos os dados.

Na história recente, é provável que apenas a erupção do vulcão Krakatoa, em 1883, possa rivalizar com a perturbação atmosférica produzida. Acredita-se que este evento catastrófico na Indonésia tenha provocado a morte de mais de 30 mil pessoas.

Felizmente, a erupção de 15 de janeiro deste ano do vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha'apai (HTHH), localizado no Pacífico Sul, resultou em pouquíssimas mortes, embora também tenha produzido grandes tsunamis.

"Tonga foi um evento verdadeiramente global, assim como o Krakatoa, mas agora temos todos esses sistemas de observação geofísica, e eles registraram algo realmente sem precedentes nos dados modernos", explica à BBC News Robin Matoza, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, nos EUA, que é o autor principal de um dos artigos.

Os cientistas agora têm acesso a uma extraordinária variedade de instrumentos terrestres e espaciais, incluindo sensores de pressão atmosférica, sismógrafos, hidrofones e uma frota de satélites que monitoram a Terra em todo o espectro de luz.

 

A explosão colossal em Tonga, que aconteceu ao final de várias semanas de atividade no monte submarino, produziu vários tipos de ondas de pressão atmosférica que se propagaram por vastas distâncias.

Na faixa de frequência audível, pessoas a 10.000 km de distância, no Alasca, relataram ouvir estrondos repetidos.

A rede global de detectores criada para monitorar o cumprimento do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares captou o sinal de infrassom.

O infrassom tem frequências que estão logo abaixo do que os seres humanos são capazes de ouvir.

Os dados da rede indicaram que a explosão do vulcão de Tonga produziu uma onda de pressão atmosférica comparável à da maior explosão nuclear de todos os tempos — a Czar Bomba, detonada pelos soviéticos em 1961 —, mas durou quatro vezes mais.

Os artigos discutem em profundidade as perturbações causadas pelas chamadas ondas de Lamb, que receberam este nome em homenagem ao matemático do início do século 20 Horace Lamb.

São ondas energéticas no ar que se propagam na velocidade do som, ao longo de um percurso guiado pela superfície do planeta. Também são não dispersivas, ou seja, mantêm sua forma à medida que se movem e, portanto, são visíveis por um longo tempo.

 

Os pulsos de onda Lamb produzidos pela erupção de Tonga foram vistos circulando a Terra pelo menos quatro vezes.

No Reino Unido, que fica a cerca de 16.500 km de Tonga, estes pulsos começaram a chegar na noite do dia 15, cerca de 14 horas após a erupção do outro lado do planeta.

Eles levantaram as nuvens sobre o Reino Unido.

"Na hora, tínhamos um ceilômetro a laser (dispositivo usado para determinar a altura das nuvens) olhando para a base da nuvem e, à medida que a onda passava pela nuvem, era perturbada", lembra Giles Harrison, físico atmosférico da Universidade de Reading, no Reino Unido, e coautor de um dos artigos.

"Se alguma vez você quis uma prova de que a atmosfera é algo notavelmente interconectado, está aqui. E o que acontece em um lado do planeta pode se propagar para o outro lado na velocidade do som."

Onde as ondas de Lamb se juntaram às ondas do oceano, elas foram capazes de gerar tsunamis — não apenas no Oceano Pacífico, mas também no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo.

Os cientistas ainda estão investigando a geração de tsunamis próximos que atingiram as costas do arquipélago de Tonga.

Alguns foram, sem dúvida, criados por ondas de pressão do vulcão empurrando a superfície da água, mas as investigações estão em andamento para determinar se o colapso de parte do vulcão também contribuiu de maneira significativa.

 

Fonte: G1.globo

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Mais de quatro milhões de dólares é o valor disponibilizado pelo Fundo Global para o Ambiente para a execução, no país, do projecto de Combate ao Comércio Ilegal da Vida Selvagem e ao Conflito Homem-Vida Selvagem, no âmbito da Convenção da Diversidade Biológica, revelou, esta segunda-feira, o coordenador do projecto.

Aristófanes Pontes, que falava no acto de apresentação do projecto, disse que o objectivo é prevenir a extinção de espécies terrestres, combatendo o comércio ilegal da vida selvagem, reduzir os conflitos entre os animais e os humanos. Apesar do financiamento do Fundo Global para o Ambiente, disse, o projecto pode contar com o apoio do Governo e de outras organizações não governamentais.

A implementação do projecto estava inicialmente prevista para Outubro de 2019, mas não foi possível por vários motivos, mas Aristófanes Pontes garantiu que esforços vão ser feitos para acelerar o processo, até porque a previsão para o término do projecto é o ano de 2025.

O projecto, adiantou, vai ser executado em duas áreas de conservação: o Parque Nacional de Cangandala e a  Reserva Natural Integral do Luando. Contempla quatro componentes: o fortalecimento das políticas das leis das instituições com maior capacidade para gestão da vida selvagem, áreas de gestão dos parques e das administrações, bem como das direcções provinciais, para uma gestão adequada daquelas áreas de conservação. O projecto prevê ainda o envolvimento das comunidades locais na gestão das áreas.

 

Fonte: Jornal de Angola

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Uma missão científica apoiada pela Unesco, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, acaba de descobrir um dos maiores recifes de corais do mundo, localizado na costa do Taiti. A agência destaca que “as condições imaculadas do recife e a área extensa coberta pelos corais em formato de rosas fazem com que esta seja uma descoberta muito valiosa”.

Segundo a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, atualmente, apenas “20% de todo o relevo oceânico é mapeado” e, por isso, “a descoberta notável no Taiti demonstra o trabalho incrível de cientistas que estão ampliando os conhecimentos sobre tudo o que se encontra nas profundezas dos oceanos”.

O recife está localizado a até 65 metros abaixo do nível do mar, numa área pouco explorada, conhecida como “a zona do crepúsculo do oceano”. Segundo os cientistas que o descobriram, ele tem aproximadamente 3 km de extensão e até 65 metros de largura. A Unesco explica que este é um dos arrecifes mais extensos e saudáveis do mundo. Os corais gigantes em formato de rosas tem até 2 metros de diâmetro.

O fotógrafo francês Alexis Rosenfeld, que liderou a missão de mergulho, declarou ter sido “mágico observar de perto lindos e gigantes rosas de corais, que esticam até onde a vista alcança”, tendo notado ainda que os arrecifes parecem até obras de arte.

A expedição faz parte de um projeto global da Unesco para mapear os oceanos. Os recifes de corais são fonte importante de alimentos para outros organismos marinhos e encontrá-los pode ajudar nas pesquisas sobre biodiversidade. Segundo a agência, os organismos que vivem nos corais são importantes para pesquisas na área da medicina e os corais em si ajudam na proteção da erosão costeira e até de tsunamis.

Até o momento, foram poucos os cientistas que conseguiram localizar, investigar e estudar arrecifes de coral abaixo de 30 metros de profundidade, mas as tecnologias atuais permitem mergulhos cada vez mais profundos. No total, a equipe que foi ao Taiti mergulhou cerca de 200 horas para estudar os corais descobertos. Mais mergulhos e investigações estão planejados para os próximos meses.

 

Fonte: Thegreenestpost

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Primeiros meses do ano geralmente têm menores índices de perda de floresta, devido à estação chuvosa. Além disso, alta no desmatamento está na contramão das metas para redução das emissões de gases do aquecimento global.

A Amazônia registrou um desmatamento de 312,23 km² em março, área 15% menor do que a registrada em 2021, de acordo com os dados do sistema de alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Deter, divulgados nesta sexta-feira (8).

Por outro lado, o primeiro trimestre de 2022 foi o pior da série histórica do Inpe. Janeiro, fevereiro e março, meses que geralmente não estão no foco dos desmatadores, tiveram juntos 941,3 km² de floresta perdida - uma alta de 64% em relação ao mesmo período do ano passado.

Cristiane Mazzetti, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil, lembra que a divulgação dos dados ocorre na mesma semana em que o Brasil divulgou suas novas metas para redução das emissões de gases do efeito estufa, sendo que o desmatamento é a principal fonte de liberação do carbono no país.

"A conservação de florestas e outros ecossistemas está entre as soluções apontadas pelo IPCC para limitar o aquecimento do planeta em 1,5ºC . No entanto, o Brasil, que teria plenas condições de ser uma liderança climática, passa por uma gestão federal que caminha deliberadamente na direção oposta, agindo de maneira incompatível com os avisos da ciência", afirmou Mazzetti.

 

Fonte: G1.globo

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Você sabia? Quase 90% dos pântanos ao redor do mundo foram degradados nos últimos 3 séculos. Segundo a Convenção sobre Zonas Úmidas da ONU, essas áreas são perdidas três vezes mais rapidamente do que as florestas. E mais: as espécies que vivem em pantanais estão sendo extintas com mais rapidez do que os animais terrestres ou marinhos, devido à poluição e à perda de habitat natural.

Para chamar a atenção do mundo sobre a importância das zonas úmidas, as Nações Unidas comemoraram, pela primeira vez, o Dia Mundial dos Pântanos na última quarta-feira, 2 de fevereiro. A data já era celebrada por algumas entidades ambientais, mas foi apenas em agosto de 2021 que a Assembleia Geral da ONU aprovou a resolução que incluiu, oficialmente, o dia no calendário da organização.

Entre outros benefícios, esses ecossistemas contribuem para a conservação da biodiversidade, a mitigação das mudanças climáticas e o fornecimento de água doce. Para ter uma ideia de seu impacto positivo no planeta, os pântanos armazenam mais carbono do que qualquer outro ecossistema no mundo. As turfeiras, por exemplo, guardam o dobro de carbono do que as florestas.

Esses ecossistemas úmidos ainda absorvem o excesso de água e ajudam a prevenir enchentes e secas, sendo essenciais para que as comunidades locais se adaptem às mudanças climáticas.

Neste ano, a campanha de comemoração do primeiro ‘aniversário’ dos pântanos pediu aos países-membros da ONU mais esforços e investimentos para sua conservação, manejo e restauração.

Segundo o Pnuma, Programa Mundial da entidade para o Meio Ambiente, um dos grandes inimigos dos pântanos, atualmente, são os projetos de agricultura, que drenam essas áreas visando o aumento de sua produtividade. Até quando?

 

Foto: Unpd/Yuichi Ishida

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Não é segredo para ninguém que a educação infantil em relação às questões de meio ambiente é um item de urgência na agenda das famílias. No entanto, o que nem todos esperam é que o contrário também possa acontecer! Felizmente, muitos pais e responsáveis estão sendo encorajados e inspirados pelos pequenos a se informarem e agirem sobre questões ambientais.  Um artigo publicado pela revista Nature Climate Change abordou o assunto e compartilhou como as crianças estão se tornando, cada vez mais, agentes centrais na preservação ambiental. 

Os autores da pesquisa acreditam que a aprendizagem intergeracionalou seja, quando crianças transferem conhecimento às suas famílias – seja extremamente promissora para propagar conhecimento e minimizar as barreiras sociais em relação ao meio ambiente.

Os resultados do estudo demonstraram que as crianças – principalmente as filhas – foram bem sucedidas ao convencerem seus pais de suas preocupações em relação à preservação da natureza. Além disso, resultados inesperados mostraram que pais conservadores foram os mais influenciados pelos seus filhos. 

Durante a pandemia

Outra pesquisa realizada pela Who Cares, Who Does? aponta que, durante a pandemia, a quantidade de famílias engajadas em atividades ecológicas cresceu cerca de 2 pontos, sendo que as crianças foram apontadas como as principais responsáveis por esta mudança.

Os efeitos destes estudos são essenciais para entendermos como o aprendizado em relação ao meio ambiente acontece. É comum pensarmos que o conhecimento das crianças é obtido dentro de casa. No entanto, sabemos que não é apenas assim que os pequenos desenvolvem suas percepções e opiniões em relação ao mundo exterior. 

Alguns aprendizados que podem ser tirados dessa descoberta são a importância de campanhas educativas em relação à proteção ambiental, os exemplos que são dados às crianças em diferentes locais e a capacidade de influência das próximas gerações. Apesar de ser uma pesquisa inicial, os autores do estudo publicado pela Nature Climate Change acreditam que essa descoberta seja um importante ponto de partida para se observar a influência das próximas gerações em relação à natureza, e como os adultos podem aproveitar o incentivo dos pequenos para realizarem ações em prol da preservação do meio ambiente. 

 

Fonte: Thegreenestpost

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